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domingo, 30 de outubro de 2011

DICAS DE FOTOGRAFIA



Apostila: Aprenda a fotografar em 7 lições

Acabei de publicar aqui no Dicas de Fotografia 7 páginas fixas com um conteúdo didático para quem está iniciando na fotografia. São 7 lições que cobrem todos os aspectos iniciais da técnica de fotografar: o que é exposição, profundidade de campo, os três pilares da exposição (velocidade, abertura e ISO), entre outros. Veja cada tópico e, se tiver alguma dúvida ou comentário, comente aqui.
capa-500
  1. O que é exposição
  2. O que é abertura do diafragma
  3. O que é a velocidade do obturador
  4. ISO ou ASA
  5. O que é o balanço de branco
  6. Foco e profundidade de campo
  7. Distância focal

1. O que é exposição?

EXPOSIÇÃO SE REFERE À QUANTIDADE DE LUZ USADA PARA FORMAR UMA FOTOGRAFIA.


Conseguimos ver tudo no mundo porque tudo reflete luz* – isso já aprendemos lá no ensino fundamental. E é graças à esse princípio que a fotografia existe!
Toda vez que vamos fotografar uma certa quantidade de luz, de acordo com o que tem lá fora, passa pela lente e chega no sensor ou filme. Cada pedacinho de luz contém um pouco de informção: é a luz refletida dos objetos que está indo até o nosso olho e, também, até a nossa câmera.
exposicao-1
Para nossa câmera criar as imagens estáticas que chamamos de “fotografia” uma certa quantidade de luz deve passar pelas lentes por um tempinho para que possamos reproduzir um momento.
Essa luz não pode ser demais ou nossa foto ficará superexposta. Ou seja, ela ficará clara demais!
Essa luz também não pode ser de menos ou nossa foto ficará subexposta. Ou seja, ela ficará escura demais!
Aposto que você já lidou com situações em que as fotos ficaram muito claras ou muito escuras, certo? Às vezes usamos isso à nosso favor como um efeito. Mas a princípio buscamos fotos com uma exposição balanceada.
A exposição é baseada em três fatores: abertura do diafragma + velocidade do obturador + ISO
Esses três fatores serão explicados mais adiante. São eles que controlam a luz que será transformada em imagem.

Como expor corretamente?

As câmeras possuem mecanismos para nos dizer quando a exposição está correta. Nem sempre a câmera está certa, mas com a experiência podemos nos basear no que ela nos diz para expor exatamente do jeito que queremos as diferentes situações!
Ao olhar no visor da câmera conseguimos ver uma régua de exposição. Ela nos conta como está a exposição da nossa imagem com a quantidade de luz que está entrando pelas lentes!
Como essa régua funciona ou se parece depende um pouquinho da sua câmera, mas basicamente ela é assim:
exposicao-2
Este pequeno retângulo embaixo mostra a exposição atual da sua imagem! Se ele estiver bem no meio é porque a sua câmera considera que a cena está bem exposta. Neste caso pode bater a foto pois a quantidade exata de luz vai entrar para que criar uma imagem bem exposta.
Se o retângulo estiver mais para a esquerda sua cena está subexposta e se estiver mais para a direita, superexposta.
Subexposição:
Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou na câmera pelas lentes. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos: sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.
Superexposição:
Uma foto está superexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.

Modo de medição de exposição

Se sua câmera possuir a configuração do modo de medição de exposição (ou metering mode) é interessante saber como configurá-lo. Existem vários metering modes que ajudam a câmera a saber melhor quando a imagem está bem exposta.
Em situações em que o fundo está muito claro (por exemplo: um fundo branco ou com uma luz direta) é importante configurar sua câmera para expor somente o que está no “meio” do visor. Assim ela desconsidera a parte muito clara (ou muito escura) e você tem uma exposição mais correta. De qualquer forma dê uma olhada no seu manual para maiores detalhes!
* Obs.: as formas como cada coisa reflete a luz diferem entre si, por isso conseguimos ver os diferentes objetos e cores. Nosso olho e a câmera trabalham de forma parecida – absorvendo o espectro de cores e luminosidade de tudo que está a nossa volta! A cor preta, por exemplo, absorve toda a luz, enquanto a cor branca reflete toda a luz.

2. O que é abertura do diafragma

O DIAFRAGMA É UM “OLHINHO” QUE ABRE NA HORA DE TIRARMOS A FOTO PARA QUE A LUZ PASSE. CONTROLAMOS A ABERTURA DESSE OLHINHO PARA EXPOR CORRETAMENTE.


A primeira configuração que vamos ver para o controle da quantidade de luz que entra na nossa câmera (exposição) é a abertura do diafragma.
O diafragma fica na sua lente e se parece com isso:
abertura-1abertura-3
É simples: quanto maior for a abertura que você configurar mais luz entrará pela lente! Quanto menor for esse valor, menos luz entrará.
Quando você está em uma situação de baixa luminosidade a tendência é usar uma abertura maior, para que o máximo de luz possa entrar, e vice-e-versa.

E como eu configuro a abertura?

A abertura do diafragma é medida em um valor “f”. Quando menor esse valor mais aberto está o diafragma. Cada valor de “f” tem o dobro de área do próximo valor.
abertura-2
Procure no manual da sua câmera a forma de alterar a abertura na hora de tirar as fotos.

Lentes e abertura

Lembre-se: cada lente tem seu diafragma e um limite de abertura. Algumas lentes conseguem um valor de f1.4 (bem aberta!) até f22 e outras conseguem um valor de f5.6 até f16. Pense nisso na hora de comprar suas lentes: dependendo do tipo de fotografia que você pretende fazer é importante ter uma lente que tenha uma abertura bem ampla para que entre mais luz.

A abertura e suas consequências

O uso de diferentes aberturas não só controla a passagem de luz como tem como consequência alguns fatores como menor profundidade de campo e aberrações, dependendo da lente. O principal fator criativo que devemos observar é a profundidade de campo.
Nas próximas lições você aprenderá mais sobre a profundidade de campo, mas a princípio já vai lembrando: quando você usa uma abertura maior (valor f mais baixo) a profundidade de campo diminui, quando você usa uma abertura menor (valor f mais alto) a profundidade de campo aumenta.
Veja o exemplo em fotos:
abertura-4
f1.8 - Várias partes da foto estão “embaçadas”
abertura-5
f16 - Todos os elementos estão em foco

3. O que é velocidade do obturador

A VELOCIDADE É A QUANTIDADE DE TEMPO QUE O DIAFRAGMA FICARÁ ABERTO EXPONDO O FILME OU O SENSOR. QUANDO MAIS TEMPO, MAIS LUZ ENTRA.


Viu só como a parte técnica da fotografia é fácil? A velocidade é super simples de entender: quando mais tempo você deixar o diafragma aberto mais luz vai entrar e expor o sensor ou o filme. Se você deixa menos tempo, menos luz entra.
Como a velocidade de exposição normalmente está em frações de segundo a maioria das câmeras mostra somente a parte de baixo da fração.
Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100s a minha câmera vai mostrar “100”. Quando passamos a lidar com exposições mais longas, de 1 segundo ou mais, a câmera mostra 1’, 2’, 3’ e assim por diante.

A velocidade e suas consequências

Assim como a abertura, a velocidade controla a quantidade de luz que chega no sensor – sempre com consequências que usamos de forma criativa. Algumas delas são:
Congelamento
Quando usamos uma velocidade alta conseguimos captar objetos que estão se movimentando como se estivessem parados.
velocidade-2
1/250 - Com uma velocidade alta conseguimos ver a água da cachoeira detalhadamente
Movimento
Quando usamos uma velocidade baixa tudo que está em movimento começa a ficar embaçado. Assim conseguimos ter essa impressão de movimento da cena.
velocidade-1
1/3 - Com uma velocidade baixa temos um efeito de movimento
Cuidado na hora de apertar o botão: o movimento da própria câmera pode tremer a imagem em velocidades mais baixas!

4. O que é ISO ou ASA

ISO É A SENSIBILIDADE DO SENSOR OU DO FILME. QUANTO MAIOR O VALOR MAIS SENSÍVEL É. E QUANTO MAIS SENSÍVEL MAIS LUZ É ABSORVIDA.


O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de “ISO”. Você também vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma nomenclatura mais abandonada.
Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor ou o filme. No geral, quando temos uma situação de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto não fique superexposta. Quanto temos pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto para que a foto não fique subexposta.
Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores de 80 a 3200 e muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).

O ISO e suas consequências

Mais uma vez a mudança desse valores não afeta somente a exposição: no caso do ISO quanto maior o valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado final.
O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e cores – deixando a imagem menos nítida.
Veja exemplos abaixo:
iso-1
ISO 200 - Imagem limpa e nítida
iso-2
ISO 3200 - Podemos notar na imagem manchas de iluminação e cores, o famoso ruído. Principalmente na cor preta.

5. O que é Balanço de Branco

O BALANÇO DE BRANCO FAZ COM QUE AS CORES DA NOSSA FOTO SEJAM IGUAIS ÀS CORES DA REALIDADE, DEPENDENDO DA LUZ QUE ESTÁ ILUMINANDO NOSSA CENA.


Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos nossos olhos e na câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários tipos de luz por aí. E dependendo da luz que bate na nossa cena as cores podem ficar diferentes. Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura de cor.
Ok, vamos por partes: às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos com uma luz artificial como o flash ou uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então conseguimos ver as cores corretamente em qualquer situação, mas as câmeras nem sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos usando para que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e o azul vai continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.

Temperatura de cor

A diferença entre uma luz e outra é a temperatura de cor – medida normalmente em Kelvins.
Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada. Isso acontece porque a câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa luz.
Procure no seu manual a forma de mudar o Balanço de Branco na sua câmera: normalmente você encontra todas as opções que você precisa: luz do sol, sombra, tungstênio (aquela lâmpada antiga que gasta mais energia), lâmpada fria, tempo nublado, luz de flash, entre outros.
Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os ajustes automáticos para depois procurar fazer isso.
balanco-de-branco
Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.


6. Foco e profundidade de campo

ESSES DOIS ITEM DEFINEM A NITIDEZ DA NOSSA IMAGEM – ONDE FICA ESSA NITIDEZ (FOCO)? QUANTAS PARTES DA FOTO FICARÃO NÍTIDAS (PROFUNDIDADE DE CAMPO)?


Foco

Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque, no geral, esteja nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático. Manualmente você gira o anel da sua lente. Nas lentes automáticas você pressiona o botão do obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco automaticamente.

Profundidade de campo

A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que você decidiu ser o foco estarão focados também.
Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”, Profundidade de Campo em inglês.
Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como ponto focal quanto os que estão atrás também ficarão com um bom foco.
Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto focal ficarão sem foco antes.
Observe a comparação para entender melhor:
profundidade-de-campo-1
Neste caso somente o tamborzinho está em foco. A profundidade de campo é menor e os objetos em volta estão desfocados.
profundidade-de-campo-2
Quando a profundidade de campo é maior os objetos em volta continuam nítidos (mas nunca tão nítidos quanto o ponto principal de foco)

Fatores que influenciam a profundidade de campo

Abertura
Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice-e-versa.
Proximidade com o objeto
Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o DOF – e vice-e-versa.
Distância focal
Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice-e-versa. Falaremos mais sobre Distância Focal na próxima lição.
Veja alguns exemplos de uso do DOF:
Vila Velha
Toda a paisagem está em foco, desde o céu até o chão, graças a uma abertura de f22 e uma distância focal de 18mm
Eu sou nerd sim, e daí?
fundo desfocado graças à utilização de uma abertura f1.8

7. Distância Focal

VOCÊ DEVE CONHECER COMO “ZOOM”. A DISTÂNCIA FOCAL DEFINE O CAMPO DE VISÃO DE UMA LENTE.


A distância focal é medida em mm (milímetros) e define o quanto você consegue ver a partir de uma lente. Quando maior o valor, mais “fechado” será o ângulo de visão de uma lente. Quando esse valor é menor, mais “aberto” será o ângulo de visão de uma lente.
Veja abaixo exemplos para entender melhor. Nestes exemplos o fotógrafo está sempre na mesma distância do assunto fotografado, a única coisa que muda é a lente!
distancia-focal-1
Você pode ver essa apostila no Scribd ou fazer o Download do arquivo em PDF. Caso não consiga baixar pelo primeiro link, tenteeste do RapidShare.
Obs.: Não, ninguém aprende a fotografar em apenas 7 lições. Esse é o início da aprendizagem. Esses são os primeiros itens a serem aprendidos na hora de fotografar. Depois existem milhões de coisas que aprendemos lendo, observando e praticando!

Quem deve ler?

Quem está começando. Esse conteúdo é simplificado ao máximo para melhor entendimento de quem resolveu começar a fotografar agora. Se você já conhece a fotografia vai achar básico demais. Não falei neste material sobre coisas mais intermediárias sobre equipamentos, cartão cinza ou contas complexas para determinar o melhor foco da lente. Deixo isso para quem quiser pesquisar mais além. Repito: este é um guia para quem está começando e quer entender sem complicações os conceitos básicos da fotografia.

O que você vai precisar?

Para seguir estas lições é imprescindível ter uma câmera com controles Manuais (M). As câmeras que não possuem controle manual selecionam todos os itens automaticamente – não deixando nenhum espaço para a sua criatividade.
Também é  importante que você tenha o manual da sua câmera para saber sempre como editar as configurações mostradas. Como a nomenclatura é basicamente a mesma independente do fabricante do seu equipamento qualquer dúvida está a um item do sumário de ser resolvida.

Conclusão

Este conteúdo “já existe”: todo manual de fotografia começa batendo nessas mesmas teclas. Porém eu tentei criar um conteúdo em língua Portuguesa que seja de fácil entendimento para todos, sem muitas firulas técnicas, assim como tudo que escrevo aqui no Dicas de Fotografia. Foi tudo criado por mim, tanto os textos quanto as fotos que ilustram. Não preciso nem dizer que prefiro que não seja copiado né?
A apostila está sob a licensa de Creative Commons | Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença. Copie, distribua, use como base… mas sempre dê os créditos para o Dicas de Fotografia | www.dicasdefotografia.com.br.
Obrigada e bom aprendizado!

Qual câmera devo comprar?

É incrível a quantidade de gente que aparece aqui perguntando: “Qual câmera devo comprar”? Bom, vamos por partes:
Primeiramente é importantíssimo eu deixar claro que o equipamento não faz de ninguém um bom fotógrafo. O fator “pessoa atrás da câmera” é muito mais importante do que a própria “câmera”.
Também quero deixar claro que sim: equipamentos “melhores” (ou seja, que têm mais qualidade técnica final nas imagens e mais recursos) podem fazer fotos melhores, dependendo do tipo de foto que você quer tirar. Então antes que eu te diga qual câmera comprar, me responda: que fotos você pretende fazer?

Para quem não quer ter controle – “compactas”

Quero fotografar amigos, família e meus pets para enviar por email pra todo mundo e talvez subir no Flickr.
Tem um celular com câmera? Esse já está bom para você. Sério! Se você não pretende imprimir então não se preocupe com qualidade técnica. Existem momentos que não precisam de qualidade, precisam simplesmente ser gravados! Além do mais você não vai querer sair para beber com seus amigos e arriscar deixar derramar cerveja em cima de 10 mil reais, né? Se o objetivo é ter lembranças, use o celular.
promotion or demotion?
Por /stitch
  • Vantagens: super compacto! Além do mais alguns têm MP3, Bluetooth, Wi-fi… alguns até telefonam. Olha que maravilha.
  • Desvantagens: qualidade péssima. Fotos ruizinhas de dia e de noite. Mas o suficiente para boas lembranças.
  • Preço: por uns 300 reais você consegue um decente. Talvez precise de uns 500 para um com “flash” (na realidade é um led, mas serve) e mais resolução.
  • Compre um por R$ 169 (cada dia eles estão mais baratos)
Além disso quero fotografar viagens, meus filhos e o natal em família
Vá de compacta. Essas câmeras modernas são realmente fantásticas. Tenho que admitir que muitas delas (notei que principalmente as da Sony) conseguem um resultado fenomenal quando existe luz suficiente. Para fotos de dia, do por do sol no Caribe (ha-há) e até macros elas estão ótimas. Só peca um pouco nas fotos noturnas ou com pouca luz, no geral – mas ainda sim dá para ter fotos bacanas.
Ao comprar veja se você quer bastante “zoom”. Se quiser bastante zoom procure bastante zoom. Mas lembre-se: bastante zoomóptico“Zoom digital” é a mesma coisa que ampliar no Photoshop: perde a qualidade totalmente. Não se engane. Só considere oZoom Óptico, ok?
Lembre-se: compactas não deixam você controlar muita coisa, e, mesmo quando deixam, o resultado não fica lá essas coisas. Então só compre uma compacta se seu objetivo é apontar e clicar.
Canon Powershot A530
por /imarcc
  • Vantagens: ainda são pequenas para carregar e conseguem imagens de qualidade que podem até ser impressas.
  • Desvantagens: a qualidade com pouca luz (ambiente fechado ou noite) é baixa. Você não tem controle sobre ela.
  • Preço: com R$ 700 você acha câmeras de qualidade. Dica: fuja das milagrosas tipo “Tekpix”. Compre marcas mais consagradas. Elas não são chamadas “consagradas” à toa.
  • Aqui tem uma ótima por apenas R$ 599. Elas também estão cada dia mais baratas!

Para quem quer ter controle – “SLRs”

Quando se trata de SLRs (Single Lens Reflex) sou bem sincera: veja quanto dinheiro você quer gastar no trio Câmera + Lente + Flash e compre o que conseguir com isso. Aqui no Brasil as “linhas” não fazem sentido nenhum. Por exemplo: cada marca tem uma “linha de entrada”. Aquela baratinha que qualquer um compra. Mas aqui no Brasil não é baratinha e não é qualquer um que compra.
Assim como aqui no Brasil “carro popular” não tem nada de popular (ou o povão todo tem mais de 25 mil para gastar em um automóvel e eu não sei). Então todas as SLRs são caras aqui e todas são usadas por profissionais. A linha chamada “amadora ou semi-profissional” têm câmeras de até 5 mil reais o que faz com que existam profissionais da fotografia usando SLRs consideradas amadoras e existam “entusiastas” usando umas que custam o preço de um carro.
Se o seu objetivo é se profissionalizar saiba que é super normal “começar” (e até “continuar”) com as câmeras mais baratas e as usadas. Quando tiver mais dinheiro compra um equipamento melhor e vai “evoluindo” aos poucos. Tem dinheiro sobrando? Compra a “mais foda do mundo” de uma vez. Não vou ser eu que vai te dizer pra comprar uma mais simples.
A diferença entre as compactas e as SLRs é a troca de lentes, as lentes são muito importantes para a qualidade de uma fotografia, vai por mim. Lentes duram uma vida, câmeras são trocadas sempre que aparece um modelo novo (se houver dim dim pra isso, claro). Então invista nas lentes.
Então agora vamos dividir em “kits investimento”. Quanto dinheiro você quer gastar no equipamento fotográfico?
Vou dar como exemplo câmeras Canon, pois é a marca que trabalho e conheço melhor, mas existem diversas equivalentes. Dá uma pesquisada no DpReview e você encontrará tudo. Ah sim, lembre-se que estou falando do equipamento básico do básico. Além de tudo isso você precisará comprar filtros, cartões de memória, mochilas especiais, tripé…
equipped
por /kicey
Idéia 1 – orçamento apertado
Compre uma câmera mais barata nova (como uma Rebel XSI) com uma lente “do kit” (a que vem com a câmera – 18-55mm – ao contrário das más línguas é uma lente bacana, só não tem uma nitidez perfeita). Se tiver um pouquinho mais aproveite para comprar um Flash. Não precisa ser o último modelo. Tendo TTL (que é a “conversa” do flash com a câmera, fazendo medições automaticamente e te livrando de cálculos chatos) está bom.
Nesse caso você também pode tentar comprar uma câmera de uma linha mais “profissional”. No caso da Canon uma acima da Rebel, como a 30d ou 40d. De preferência usadas, as novas ainda estão meio caras.
  • Você vai gastar neste “kit modesto” até de R$ 3.000 com o trio câmera+lente+flash.
Idéia 2 – orçamento mais livre
Vá para a “linha mais profissional”. No caso da Canon seria a própria 30d ou 40d. Aproveite para comprar duas lentes, de mais qualidade: uma mais grande angular e uma mais tele. De preferência cobrindo todas as distâncias focais com as duas. Dificilmente alguém consegue viver só com tele ou só com grande angular. Se não tem grana não queira comprar “a mais fodástica das teles”, ficando sem GA. Mesma coisa do item anterior: compre um flash bacana – não precisa ser o top de linha. Flash não melhora tanto assim para compensar o preço absurdo que eles têm aqui no Brasil. Se a grana estiver tranquila mesmo aproveita e compra mais um Flash. E um Flash Trigger. É um bom começo.
  • Nessa brincadeira você deve gastar no máximo uns R$ 5.000.
Idéia 3 – orçamento sossegado
Se tiver mais para investir vá de câmeras mais “top de linha”. Não precisa ser o top de linha da linha mais top. Mas entrar na linha Full Frame já é algo possível. Uma Canon 5d (não o último modelo) já está a bagatela de R$ 4.000. Compre uma dessas usada e já ficará bem feliz! Junto com ela compre lentes que cubram da Grande Angular à Tele, com a qualidade destas dependendo do orçamento exato. Com mais dinheirinho dá para se dar ao luxo de comprar uma FishEye, quem sabe… também já dá para investir no flash mais moderno (embora aqui no Brasil eu ache inútil fazer isso).
Mais que R$ 10.000 você não gasta com esse exemplo
Idéia 4 – quem quer dinheiroooo
Se dinheiro definitivamente não for o seu problema então fique muito feliz (pois você deve estar entre os 2% da população que pode dizer isso no nosso país) e compre todos os últimos modelos. No caso da Canon a top top top 1d (que sozinha vale um carro), todas as lentes da série L, flashes e triggers… enfim. Por que eu vou dar conselho para quem tem tanto dinheiro? Peça pros seus empregados escolherem pra você! kakakaka
  • Alguém aí tem uns 30.000 para me emprestar para pagar esse “kit rico”? rs…

Por fim, mas não menos importante

Se você quer partir para o profissional compre uma câmera que encaixe no seu orçamento e te permita fazer o que você precisa. Para trabalhar em eventos você precisa de lentes claras e flash. Para trabalhar em estúdio você precisa… adivinha… de um estúdio! Para fotos de paisagem profissionais uma Fisheye é praticamente obrigatória… estude, pesquise e, se possível, teste (pegue emprestada a câmera profissional de um amigo, por alguns minutos mesmo, e veja o que acha).
Não existe fórmula mágica.
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